segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Auschwitz terra de horror e terra de santidade.

Na semana passada falamos da abertura do Congresso da Paz, dos painéis e prometi falar mais um pouco sobre Auschwitz. Dia 7 de setembro, terça, visitamos o campo de extermínio. Antes da guerra havia sido um quartel do exército polonês. No início os nazistas o usaram como campo de prisioneiros, mas depois começaram a usá-lo também como campo de extermínio de judeus, ciganos e adversários políticos. Dividido em diversos grupos lingüísticos, eu escolhi o italiano, percorremos com uma guia alguns setores do campo. Na entrada do mesmo estava escrito em alemão: O trabalho liberta (Die Arbeit macht frei). Os prisioneiros iam de manhã para o trabalho nos campos ao som de uma banda de música formada por prisioneiros. Mostraram-nos o paredão de fuzilamento, onde foi colocado uma coroa de flores em memória dos caídos. Depois visitamos o local onde Frei Maximiliano Kolbe foi morto. Ele ofereceu a sua vida em lugar de um pai de família inocente, que tinha sido escolhido, para morrer em lugar de um polonês fugitivo. Em 1980, na praça S. Pedro, ele foi canonizado pelo Papa JP II, e quem estava na canonização foi o pai de família que ele havia salvado a vida!

Em seguida visitamos uma câmara de gás. Os prisioneiros, homens, mulheres e crianças eram iludidos dizendo que iriam tomar um banho. Estando todos desnudados fechavam-se as portas e ligava-se o gás. Para abafar a gritaria dos moribundos colocavam-se uns caminhões perto com os motores ligados. Depois de 20 minutos, reinava o silêncio. Todos estavam mortos. Então se abriam as portas para arejar a câmara e em seguida vinha um grupo de choque, formado por judeus prisioneiros, para arrancar os dentes de ouro das bocas, cortar os cabelos das mulheres, tirar anéis, recolher objetos preciosos. Passamos por salas onde havia montanhas de malas de mão com o nome das vítimas, sapatos, sapatinhos de crianças, material de toilette das mulheres, montes de cabelos, que eles lavavam e vendiam. Impressionante. Ninguém de nós falava. Boca fechada, mordendo os dentes, e os olhos lacrimejando. Logo foi nos mostrado um crematório. Uma prensa para imprensar os corpos para que coubessem mais gente de uma vez só. As cinzas eram usadas para os campos e outras finalidades. O comandante do campo morava a 300 metros com a sua mulher e seus 5 filhos. Como pode?

Em seguida fomos a Brickenau, porque Hitler não contente, mandou construir um outro campo de extermínio para apressar a eliminação de judeus e ciganos principalmente. Chegando de ônibus tem-se uma vista terrificante de arame farpado que se estende por quilômetros, com muitas casernas ainda de pé, com as câmaras explodidas. Quando chegaram os aliados em 1945 era necessário apagar todos os vestígios que pudessem incriminar.

Éramos umas cinco mil pessoas caminhando em silêncio, ao som de uma música impactante, que provinha das caixas de som ao longo de um caminho de um quilômetro. Ninguém falava. Aqui morreram milhões de pessoas. E quanto sofrimento antes de morrer. Chegados ao local do monumento aos mortos. Seguiu a homenagem aos mesmos. Diante de umas 20 lajes, separadas uma da outra uns dois metros, sobre elas foi colocada uma coroa de flores pelos diversos representantes das religiões, igrejas e continentes. Eu, com uma cubana, que levava a coroa de flores, e um padre de El Salvador e outro de Argentina representamos a América Latina. Que emoção na hora do ajoelhar e colocar as flores! “Dai-lhes, Senhor o descanso eterno e a luz perpétua os ilumine. Descansem em paz”. Depois falou um rabino que nos contou que o Papa JPII lhe perguntou sobre quantos eram eles antes de Auschwitz e quantos depois. Ele respondeu antes 45, depois 05. Quantos filhos o Senhor tem? Três. Agora o que importa são vocês. A vida continua. O rabino continuou, é preciso recordar o passado para que todos possam dizer: “Auschwitz nunca mais”. Você sabe que a segunda guerra mundial de 1939 a 1945 matou 70 milhões de pessoas? Guerra entre cristãos. Por quê? Para que? Seis milhões de judeus, quinhentos mil ciganos mortos por que, para que?
Texto do Bispo D. Irineu, para a coluna Conversando com o povo de Deus, do Jornal do Povo.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Adubão o dia inteiro

Neste domingo, dia 6 de setembro, acontece o primeiro Adubão com um dia inteiro de atividades. O encontro começa a partir das 8h30min e será no pavilhão da Capela Santa Rita, bairro Ponche Verde. Para ter direito ao almoço cada participante deve levar R$ 4. A coordenação pede para que os jovens levem também um lanche para confraternização.

Segundo Dionantan Roveda, membro da Coordenação do Adubão, quem não souber onde fica a Capela pode se dirigir até a Apae que alguém da equipe estará para guiar. "Pedimos que os jovens levem outras pessoas para o Adubão. Teremos bastantes atividades interessante e também daremos continuidade à gincana", destaca Dionatam.

Serviço

O que? Adubão
Quando? 06 de Setembro
Onde? Pavilhão da Capela Santa Rita - Bairro Ponche Verde
O que tem que levar? R$ 4,00 mais um lanche